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terça-feira, 15 de março de 2016

Em "Alta Definição"

Alta Definição

Por: Daniel Oliveira
Com: Nicolau Breyner
Ano: 2010                  

«D.O.: - O que dirá Portugal no dia a seguir à sua morte? O que gostava que dissessem?

N.B.: - Que tinham gostado de mim. Eu gosto que gostem de mim , é um facto. É um fraco que eu tenho, porque eu gosto muito das pessoas. Quero que me recordem com um sorriso, com carinho. Por aqui passou, deixou algumas coisas boas.»

Rara será a pessoa que não tenha gostado e goste de si. É tão, mas tão fácil gostar de alguém como o senhor. Sim, porque você é um senhor. Recordá-lo de sorriso no rosto é inevitável. Sempre que o via estava a sorrir, a rir ou a fazer rir. É um talento natural, o sorriso. Como não recordá-lo de sorriso, com carinho? Como não gostar de si?!?!! Sem dúvida que o legado que deixa, as histórias, os amigos, as obras, torná-lo-ão imortal. Ouvi esta expressão hoje de manhã e é a mais pura das verdades: O Nicolau só morrerá no dia em que a última pessoa que o lembre, morra também! 

Se há pessoas insubstituíveis, você é uma delas! Espero que esteja a sorrir, onde quer que esteja! Até um dia, grande "tio" Nico! (E obrigada!)

E que o nosso Benfica seja TriCampeão!

domingo, 13 de março de 2016

as quatro leis da espiritualidade


Desde o nascimento, na Índia são ensinadas quatro leis da espiritualidade, para que se possa entender o que acontece na vida e se possa viver em pleno. 



"A primeira diz:
«A pessoa que vem é a pessoa certa.»

Ninguém entra em nossas vida por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo connosco têm algo para nos fazer aprender e evoluir em cada situação.


A segunda lei diz: 
«Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido.»

Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum "se eu tivesse feito..." ou "aconteceu que um outro...". Não!! O que aconteceu  foi tudo o que deveria ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.


A terceira lei diz:
«Toda a vez que iniciares algo, é o momento certo.»

Tudo começa na hora certa, nem antes, nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.


A quarta (e última) lei diz: 
«Quando algo termina, termina.»

Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas, é para nossa evolução. Por isso, é melhor sair, ir em frente e enriquecer-se com a experiência. Não é por acaso que cada um de vocês está a ler este texto agora. Se veio à vossa vida hoje, é porque estavam preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado."


sábado, 30 de janeiro de 2016

"ESPEREM SENTADOS"

"ESPEREM SENTADOS"

EM: CAPAZES

POR: RITA MARRAFA DE CARVALHO


«Que cases. Que te juntes numa cerimónia branca e imaculada, rodeada de família e amigos. Que tenhas filhos depois. Só depois. Esperam de ti, mulher, que saibas, no mínimo, estrelar ovos e que gostes de homens. Mas que sejas fiel. Ordeira e arrumada. Limpa e asseada. E que dês de mamar. Que sejas incansável na função de mãe, sem lágrimas ou dúvidas. Mãe que é mãe nunca se arrepende de nada. Nem de os ter. Nem do que faz. Nunca questiona os conselhos dos mais velhos.
Esperam de ti isso e mais. Que qualquer sensação de fraqueza é para erradicar do peito e da cabeça. Esperam que se te dizem que deves dar peito até aos dois anos, é para cumprir. Que se não sentes qualquer gozo nisso, és menos mãe. Menos capaz. Menos mulher. Esperam de ti um parto normal. Gaja que é gaja, tem parto vaginal. As outras são umas “meninas”. Esperam de ti a boçalidade da pré-história.
Esperam que tenhas os filhos sempre limpos e que lhes dês banho todos os dias após uma refeição sem fritos ou salsichas. Esperam que a roupa do homem com quem casas, porque é suposto gostares de homens, esteja passada a ferro. Que se não podes, contrata alguém.
Esperam que não haja vincos na tua camisola quando vais trabalhar todos os dias nem nódoas de ranho ou papa. Esperam que tires um curso. Que sejas “alguma coisa” mas que consigas ter a casa num brinco, sem pingo de pó ou brinquedos fora do sítio.
Esperam que sejas magra. Atlética. Que corras todos os dias. Ou dia sim, dia não, vá. De depilação feita e unhas coloridas. Que faças bolos ao sábado. E que não tenhas as raízes do cabelo por fazer. Esperam que te comportes bem e que nunca bebas um copo a mais para não caíres em figuras ridículas. Que nunca sejas daquelas que urina entre dois carros, no meio do Cais do Sodré.
Esperam isso. Esperam mais. Que nunca adormeças maquilhada porque sujas a fronha da almofada. E que não te separes. Aguenta. É suposto aguentares porque tudo dá trabalho na vida. Por isso, é suposto esforçares-te. Pelos filhos. Por ti, não. Não carece. Por ti, não. E pela imagem. A imagem. E o que gastaram naquele casamento sumptuoso! Não. Aguenta, se faz favor. Pelos teus pais e pelos teus filhos. Esmera-te. É capaz de ser culpa tua.
Esperam isso de ti. E não convém falhares. Esperam que tenhas sempre a louça na máquina e a roupa estendida. Que a cama esteja sempre feita. Todos os dias. Esperam de ti pouco rasgo. Se pensares demasiado, vais questionar demasiado. Ser curiosa ainda vá. Reflectir é evitável. Não esperam que sejas uma grande intelectual ou que fumes charutos ou que gostes de brandy. Vais beber licor de café ou vinho do porto e fumar qualquer coisa com sabor a mentol. Esperam de ti a dignidade. Que aceites o assédio como um galanteio. Esperam que uses saltos altos todos os dias e que uses um perfume que enche o elevador. Esperam que sejas isto. E mais. Só não esperam que sejas feliz.»

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Confia, vai dar tudo certo! ❥

Oito são os minutos que nos levam ao choro, nos deixam a pensar na vida e no que realmente importa. Sem fôlego e com a voz embargada de soluçar o choro. Ninguém esperava da notícia do passado dia 24 de Novembro. Falo da Sofia. A mesma Sofia que ontem partilhou um vídeo emocionante, com uma mensagem emocionante e com um texto emocionante (na partilha no facebook).

«Começou a cair. Como se estivesse colado com a cola que usava na escola, aquela amarela. Passei a escova e caiu.Foi um segundo. Tremi toda! Um arrepio que veio da cabeça até à barriga... Nem sei explicar bem. Senti algo a descolar mas não queria olhar! Eu sabia que, a sensação estranha quando passei a escova, não era só uma sensação. Baixei os olhos, não queria ver-me no espelho não estava com coragem...e bato os olhos no tapete. Caiu. A primeira mecha cai, como a confirmação mais que confirmada, de tudo o que já sabes mas que até este dia parece uma meia verdade... ou uma meia mentira. É um soco. É tudo de uma agressão tamanha para o que é ser Mulher... Há muitos segundos como este, que apetece tanto, com todas as forças, apetece desabar. Tanto!Descolar, deixar cair... Muitos segundos. Segundos depois, dizem, o mais importante é não me cortar por dentro, não nos deixar cortar na alma. É o tempo de munir-me dos meus, de amor e agir. Seguir, levantar a cabeça com ou sem cabelo e, por mais que doa, seguir em frente.Ele a seu tempo volta a crescer. Ali, onde as ondas do mar ganham força e renascem todos os dias.Que possamos juntas enfrentar com força, paz, esperança e amor todos os passos deste caminho. Sou cada uma de vocês. Confia...» - Facebook


É de cortar a respiração. é de parar o tempo. É de irmos ao extremo do pensamento do que realmente somos, temos e queremos, do que realmente importa. Estes é um daqueles momentos em que questionamos tudo, que simplesmente temos que mostrar a força que temos, que tudo está em aberto e o dia de amanhã é uma incógnita, que nos deparamos com o lado negro da vida cor de rosa que idealizamos. 

Querida Sofia, a vida dá as mais duras batalhas aos maior guerreiros e tu, sem dúvida nenhuma, és uma grande guerreira. A força e a luz que tens, seja de que forma e como for, a esperança que transmites, é inacreditável. É preciso coragem e firmeza para gritar ao mundo "eu sou capaz, eu vou (-te) vencer". És a Sofia, mas podias ser a Maria, a Ana, a Carla, o João ou o Manuel. És a voz de tantos outros, o rosto de outros tantos. É mais uma batalha nesta arena que é a vida. Uma batalha que não será perdida. Será um recomeço de uma nova vida. A beleza não está no cabelo, na cor dos olhos ou no verniz escolhido, a beleza está dentro de nós. E tu, Sofia, continuas linda. Aliás, és linda. 



«Acredita, és muito mais do que o teu cabelo. Não é o cabelo que te assusta. É o cancro! Confia, vai dar tudo certo!»